"Procurando Cristo nos chamados Cristãos"

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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Segunda-feira, 7 de Fevereiro, 2011

VERSÍCULO:
Jesus olhou fixamente para eles e perguntou: “Então, qual é o significado do que está escrito? ‘A pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular.’ Todo o que cair sobre esta pedra será despedaçado, e aquele sobre quem ela cair será reduzido a pó”. Os mestres da lei e os chefes dos sacerdotes procuravam uma forma de prendê-lo imediatamente, pois perceberam que era contra eles que ele havia contado essa parábola. Todavia tinham medo do povo.
-- Lucas 20:17-19

PENSAMENTO:
Jesus não estava nem um pouco surpreso com a reação dos líderes religiosos. Pelo menos os sacerdotes e mestres da lei demonstraram abertamente sua rejeição a Jesus. É mais fácil lidar com um adversário declarado, do que com um inimigo oculto.
Nos nossos dias há muita dissimulação. Há líderes religiosos que fingem ser de Jesus, e no entanto baseiam suas "igrejas" em homens e suas tradições; outros, em promessas e obras supostamente milagrosas. A rejeição a Jesus ainda é a mesma. Se Jesus não for a pedra angular, o propósito e a razão de ser da nossa fé, tudo será destruído um dia - líderes e seguidores.
Vamos fixar nossos olhos em Jesus. Vamos construir unicamente na Rocha que Deus lançou. Assim a glória e a honra irão onde devem
- para Ele - e nós seremos abençoados pela vida que Ele nos dá.
Sua fé já foi abalada por um escândalo ou conflito ou injustiça de homens? Se foi, você precisa voltar à construção e lançar uma base somente na pessoa de Jesus. Estas palavras de Jesus já apontam para onde precisa começar - a pedra angular - Jesus Cristo.

Fonte:http://www.hermeneutica.com/jd/2/0207.html


Postado por Agenor Soldi Junior

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

UM TEXTO IMPECÁVEL, texto de Luiz Felipe Pondé

Ao ser indagado se não tinha esperanças, Kafka disse, “esperanças há muitas, mas não para nós”. Janouch narra um dia em que ele, com 20 anos, disse a Kafka, então com 40, “hoje não estou entendendo nada do que você diz”. Kafka respondeu “deve ser a misericórdia de Deus, porque sendo você jovem, e estando eu hoje pessimista, se você me entendesse, você ficaria mal”. Confessa: “o pessimismo é meu pecado”.

Por que os clássicos são tão pessimistas? Seria o trágico uma moda? Três mil anos de moda? Improvável. Na sua coluna de 21 de janeiro, meu colega ilustrado (velha piada entre nós) Marcelo Coelho critica “meu” pessimismo. Colunistas que “matam a esperança” são supérfluos. O bom jornalismo opinativo é pautado pelo conflito de idéias, por isso, agradeço suas críticas. Ele acha que ao duvidar do Iluminismo reforço forças regressivas na experiência humana. Eu penso que o Iluminismo é que é regressivo porque caminha sobre fantasias enquanto os homens caminham sobre tumbas. Nós modernos somos a raça mais covarde que caminhou sobre a Terra. Não escrevo para tornar a vida do meu leitor melhor. Escrevo e leio para não me sentir só. Quando olho os “avanços” da nossa minúscula história, penso: como nos verão em mil anos? Como a decadência do século 17? Rirão de nós porque demos direitos aos ratos, enquanto fizemos dos bebês lixo reciclável pelo direito de gozar mais? Respondo a pergunta “o que eu acho da Revolução Francesa?” com “ainda é cedo pra dizer qualquer coisa”.

Imaginem dois africanos no século 19. Um vende o outro como escravo (negros vendiam negros). O escravo é levado para os Estados Unidos e lá sofre todo tipo de horror da escravidão. O outro fica livre e feliz na África. Adiantem o filme. O bisneto do escravo mora nos EUA, casa na praia, filhos na faculdade, e a esposa, bisneta de outro escravo, médica de sucesso. Voltem pra África. Muitos bisnetos do que ficou lá continuam a viver em seus buracos, matando-se do mesmo jeito (como acabou a escravidão, perderam a chance de vender seus “irmãos”). Famílias afundam na miséria. Qual é a moral desta história? Que a escravidão foi uma bênção para os afro-americanos porque os levou para os EUA? E a liberdade do outro, a maldição de seus bisnetos? Os afro-americanos, que hoje celebram a vitória do Obama, depois de muito sofrimento, diriam “ainda bem que nossos bisavós foram escravos”? Não! A escravidão é um horror.

A questão é outra: qual o sentido da história humana? Nenhum. A história não é a luta entre a luz e as trevas. Não porque elas não existam, mas porque não sabemos identificar, com o microscópio das idéias claras e distintas de que dispomos, a trama infinita de suas relações. Um homem faz o que pode em meio a opacidade do mundo. Meu pecado é não fazer o marketing da democracia de massa. Falsos sentimentos são comuns nos homens, logo, quanto mais homens, maior a chance de mentira, por isso desconfio de bons sentimentos em grandes quantidades.

Mais? Os índios não vivem em comunhão com a natureza, apenas ficaram na idade da pedra em técnicas de domínio da natureza, como muitos africanos que ficaram na África. A ciência e a política tampouco fazem os homens melhores. O mundo não é dividido entre elite má e pobre bom. Se a elite é cruel, o povo é violento e interesseiro. Os homens não são iguais, alguns são melhores. A igualdade ama o medíocre. É mentira que todo mundo possa julgar as coisas por si só. A propaganda desta mentira gera uma horda de invejosos que sonham em destruir quem eles julgam livres. Supérfluo? Mentira. Num mundo parasitado pelo marketing como forma de vida, ser pessimista é um método. Não se trata de dizer morbidamente “o mundo é mau”, mas reconhecer que no humano a verdade é uma ferida incurável. A esperança que conta é a do animal ferido.

Nada disso implica concordar com crianças mortas. O debate ao redor da esperança não é um problema do quão otimista somos, mas o que em nós nos faria colaborar com nazistas na França ocupada, além do medo. Manter o emprego? A chance de destruir alguém melhor do que eu? Tomar a mulher de alguém? Promoção pessoal? Nada mais banal, nada mais humano. Na “Metamorfose”, Gregor Samsa, agora uma barata, vê a delícia que é caminhar de cabeça pra baixo com suas perninhas coladas ao teto. Sente-se finalmente feliz. A barata é a otimista em Kafka.

texto de Luiz Felipe Pondé, postado por Agenor Soldi Junior