segunda-feira, 21 de junho de 2010
Que vencedor, que nada.
Diante de uma sociedade que me obriga a conviver com situações extremas, que me tocam o fundo da alma, só posso colocar minha vida em contraposição às correntes dominantes.
É preciso desvestir os valores induzidos pelos meios de comunicação de massa, é preciso vasculhar os escaninhos do inconsciente em busca destes condicionamentos. São valores-causas do desequilíbrio social - com a imposição da cultura da competição e do consumo, em que todos são adversários potenciais e o objetivo principal da vida é consumir, possuir, desfrutar, alcançar o máximo da fartura material, mais até do que o planeta pode oferecer. A massa dos "derrotados" aumenta, o poder dos "vencedores" interfere nas políticas públicas para os favorecer e encher, mais ainda, de privilégios, em detrimento dos direitos básicos da população e das obrigações do Estado.
Este é o sentido das minhas ações, do meu trabalho, da minha vida. Não tenho a ingenuidade de esperar ver o mundo conforme eu gostaria. Também não me é possível aderir a esses valores planejados e implantados como "a realidade", que fazem de irmãos, adversários e do objetivo da vida, o consumo excessivo, a posse, o conforto físico. Perdemos o contato direto com as necessidades abstratas, as principais do ser, o sentimento de integração, a sensação de utilidade ao coletivo, o eqüilíbrio emocional, as relações afetivas, a solidariedade, o senso de justiça...
Acho que por isso, existe em mim a necessidade incontrolável de plantar idéias, valores, questões, sentimentos. Denunciar as mentiras em que tantos acreditam, os valores falsos, as necessidades artificiais, a mediocridade da vida e a mesquinharia dos objetivos oferecidos. Apregoar os valores do espírito, solidariedade, integração, consciência. Denunciar o egoísmo da mentalidade competitiva, a crueldade - ou indiferença - das minorias dominantes.
Não espero colher os frutos das árvores que planto. E isso não diminui minha necessidade de seguir plantando, de trabalhar em direção contrária às correntes, aos valores vigentes, nocivos à grande maioria, embora - e por isso mesmo - a submetendo.
A discriminação, a perseguição dos organismos repressivos da administração pública, o desprezo dos convencionais são, no fundo, elogios a quem não se submete. Eu teria vergonha de aderir aos valores dessa sociedade perversa. Não estou aqui pra competir. Privilégios me constrangem, desperdícios me revoltam e entristecem. Superioridade social me dá riso, subalternidade me dá pena. Minha pobreza é minha riqueza, minha derrota é minha vitória. Não gostaria, nesta sociedade absurda, de ser um "vencedor".
Postado por Observar e absorver às 00:20 em sábado, 5 de setembro de 2009
http://observareabsorver.blogspot.com
quinta-feira, 27 de maio de 2010
A impenitente fornicação cristã
Tenho um amigo que é um santo secular, absolutamente sem religião, que concilia as façanhas de ser homem de família, artista irretocável e portador das boas novas aos pobres (sendo que eu, naturalmente, não sou nenhuma dessas coisas). Certa vez esse sujeito estava falando comigo sobre outro cara, amigo dele, que ele considera ser ao mesmo tempo artista mais notável e muito mais engajado nas questões sociais do que ele mesmo, um cara que meu amigo tem por seu herói pessoal.
Nesse momento ele parou o seu relato para perguntar:
– E você, Paulo, tem heróis?
Apanhado de surpresa, ocorreu-me responder de modo ao mesmo tempo provocativo e sincero. Ergui uma sobrancelha e arrisquei, como se estivesse em grande dúvida:
– Jesus?
– Jesus não vale – exigiu meu amigo. – Jesus é o herói de todo mundo.
Achei aquilo fascinante, tanto a noção de que Jesus pudesse ser o herói secreto daqueles que não usurpam o seu nome quanto a ideia subjacente, de que mesmo quem admira Jesus carece sensualizá-lo, encontrar-se efetivamente com ele numa pessoa de carne e osso que adequadamente encarne os seus valores e desafios. Eu conhecia uma pessoa assim, o Néviton Marci, mas antes que pudesse mencionar o nome dele meu amigo avançou seu argumento. Sabendo que minha menção a Jesus tinha sido em grande parte uma provocação sobre sua postura arreligiosa, ele prosseguiu:
– E você sabe muito bem que eu tenho um relacionamento de amor platônico com o cristianismo – e, para explorar todas as possibilidades da metáfora, arrematou: – Eu não fodo com o cristianismo como vocês fazem.
Eu, que nunca tinha visto meu amigo recorrer a um palavrão, tive de render-me imediatamente a sua lógica, sua lucidez e sua indignação. Porque quanto mais nós cristãos tentamos foder com o cristianismo, no sentido de conhecê-lo (biblicamente falando) e de nos relacionarmos intimamente com ele, mais acabamos fodendo com ele, no sentido de arruiná-lo juntamente com a sua reputação. Deveria nos parecer evidente que ler, escrever, estudar e tagarelar incessantemente sobre Deus e sobre a Bíblia, seja em livros ou blogs, no rádio ou na tv, na igreja ou no local de trabalho, não tem absolutamente qualquer relação de fidelidade com a herança de Jesus ou com os desafios deixados pela sua mensagem. Gente sem religião como meu amigo e seu herói, que não usurpa publicamente o nome do Filho do Homem, é capaz de levar adiante a sua boa nova e honrar a sua herança de forma muito mais aperfeiçoada do que o mais inatacável e articulado dos cristãos. Porque, muito evidentemente, o reino de Deus não consiste em palavra, mas em poder.
Aplica-se aqui, de forma irretocável e como sempre, a parábola do fariseu e do cobrador de impostos. Por um lado, os cristãos somos os fariseus que agradecem em voz alta, na luz de um palco que construímos para nós mesmos, a dádiva de não sermos pecadores como os irreligiosos; por outro, os irreligiosos que fazem avançar secretamente o reino são como o cobrador de impostos, que não ousam assumir a ribalta e não se consideram dignos de levantar a cabeça nem mesmo para proferir o nome do herói cuja herança poluímos. Fique muito claro, porque esse mesmo Jesus deixou-o muito claro, que não seremos nós a merecer o abraço de confidência do mestre.
O que fode com o cristianismo somos nós.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Gostaria que esta estória fosse de fato uma história . . . - Agenor
"João 3:16"
Na cidade de São Paulo, numa noite fria e escura de inverno, próximo a uma esquina por onde passavam várias pessoas, um garotinho vendia balas a fim de conseguir alguns trocados. Mas o frio estava intenso e as pessoas já não paravam mais quando ele as chamava.
Sem conseguir vender mais nenhuma bala, ele sentou na escada em frente a uma loja e ficou observando o movimento das pessoas.
Sem que ele percebesse, um policial se aproximou.
-"Está perdido, filho?"
O garoto balançou a cabeça.
-"Só estou pensando onde vou passar a noite hoje... normalmente durmo em minha caixa de papelão, perto do correio, mas hoje o frio está terrível...
-O senhor sabe me dizer se há algum lugar onde eu possa passar esta noite?”
O policial mirou-o por uns instantes e coçou a cabeça, pensativo.
-"Se você descer por esta rua", disse ele apontando o polegar na direção de uma rua, à esquerda, á embaixo vai encontrar um casarão branco; chegando lá, bata na porta e quando atenderem apenas diga: "João 3:16”.
Assim fez o garoto. Desceu a rua estreita e quando chegou em frente ao casarão branco, subiu os degraus da escada e bateu na porta. Quem atendeu foi uma mulher idosa, de feição bondosa.
-"João 3:16", disse ele, sem entender direito.
- "Entre, meu filho". A voz era meiga e agradável.
Assim que ele entrou, foi conduzido por ela até a cozinha onde havia uma cadeira de balanço antiga, bem ao lado de um velho fogão de lenha.
-"Sente-se, filho, e espere um instante, tá?"
O garoto se sentou e, enquanto observava a bondosa mulher se afastar, pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa mas sei que aquece a um garoto com frio".
Pouco tempo depois a mulher voltou.
-"Você está com fome?", perguntou ela.
-"Estou um pouquinho, sim... há dois dias não como nada e meu estômago já começa a roncar.."
A mulher então o levou até a sala de jantar, onde havia uma mesa repleta de comida.
Rapidamente o garoto sentou-se à mesa e começou a comer ; comeu de tudo, até não
agüentar mais. Então ele pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que mata a fome de um garoto faminto".
Depois, a bondosa senhora o levou ao andar superior, onde se encontrava um quartinho com uma banheira cheia de água quente.
O garoto só esperou que a mulher se afastasse e então rapidamente se despiu e tomou um belo banho, como há muito tempo não fazia. Enquanto esfregava a bucha pelo corpo pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que torna limpo um garoto que há muito tempo estava sujo".
Cerca de meia hora depois a bondosa mulher voltou e levou o garoto até um quarto onde havia uma cama de madeira, a antiga, mas grande e confortável.
Ela o abraçou, deu-lhe um beijo na testa e, após deitá-lo na cama, desligou a luz e saiu. Ele se virou para o canto e ficou imóvel, observando a garoa que caía do outro lado do vidro da janela. E ali, confortável como nunca, ele pensou consigo mesmo: "João 3:16... Eu não entendo o que isso significa, mas sei que dá repouso a um garoto cansado".
No outro dia, de manhã, a bondosa senhora preparou uma bela e farta mesa e o convidou para o café da manhã. Quando o garoto terminou de comer, ela o levou até a cadeira de balanço, próximo ao fogão de lenha. Depois seguiu até uma prateleira e apanhou um livro grande, de capa escura. Era uma Bíblia. Ela voltou, sentou-se numa outra cadeira, próximo ao garoto e olhou dentro dos olhos dele, de maneira doce e amigável.
-"Você entende João 3:16, filho?"
-"Não, senhora... eu não entendo... A primeira vez que ouvi isso foi ontem à noite... um policial que falou...".
Ela concordou com a cabeça, abriu a Bíblia em João 3:16 e começou a explicar sobre Jesus. E ali, aquecido junto ao velho fogão de lenha, o garoto entregou o coração e a vida a Jesus. E enquanto lágrimas de felicidade deixavam seus olhos e rolavam face à baixo, ele pensou consigo mesmo: "João 3:16... ainda não entendo muito bem o que isso significa, mas agora sei que isso faz um garoto perdido se sentir realmente seguro".
"Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu único Filho para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna." (João 3:16).Deus não mandou Jesus para condenar o mundo, mas sim para salvá-lo. Aquele que crer em Jesus não serácondenado, mas terá a vida eterna!
sábado, 10 de abril de 2010
A ENDO-MÍSTICA DO REINO DE DEUS
A noção de que Deus e o seu amor se fazem presentes no meio de nós na medida em que amamos e servimos aos pobres e excluídos (cf 1Jo 4,12) é [...] o que Hugo Assmann chamou de “endo-mística”: “Deus em nós”.
A presença do Amor de Deus em nós acontece no amor solidário ao próximo. Não há uma relação de causalidade entre o que vem primeiro e o que vem depois. Nas palavras de Assmann, “Deus solidário é o Deus em todos e de todos”. A presença de Deus se faz presente em nós quando nós nos abrimos ao próximo no amor solidário, e nós somos capazes disso porque o amor de Deus opera em nós. É um “acontecimento” onde os “dois amores” ocorrem simultaneamente, que só acontece na medida em que o amor solidário pelo próximo e o amor de Deus se fazem presentes ao mesmo tempo.
Antes do amor solidário, Deus em nós está presente em nós como ausência. Para ter uma ideia do que seja a presença na forma de ausência, podemos tomar como exemplo a saudade. Nós não sentimos saudade de uma pessoa que está presente, e nem de uma pessoa de quem não sentimos a falta. Saudade nos mostra que sentimos a falta, a ausência da pessoa querida. A ausência dela está presente em nós, ou ela está presente conosco como ausência. De modo análogo, Deus está lá, mas como ausente, porque o seu amor em nós não é realizado. Como diz a primeira carta de João, “se nos amamos uns aos outros, Deus permanece em nós e o seu Amor em nós é realizado” (1João 4,12). Assim como pessoas que estão fisicamente próximas de nós só entram nas nossas vidas na medida em que nos abrimos a elas, podemos fazer analogia e dizer que Deus está no mais íntimo do nosso ser, mas se torna “Deus em nós” na medida em que nos abrimos para as angústias e alegrias das outras pessoas.
É claro que, na vida concreta, há momentos em que precisamos e devemos buscar esse “Deus em nós” na solidão e no silêncio. Mesmo nesses momentos, há uma diferença entre ir “para dentro de si” de modo solitário, sem carregar consigo os sofrimentos e angústias de outras pessoas, e a busca de “Deus em nós” no mais íntimo do nosso ser levando conosco “os rostos, olhos e sorrisos...” da nossa gente. São buscas e encontros diferentes!
Nesse sentido, o termo “nós” do “Deus em nós” não significa aqui o coletivo de indivíduos , cada um tendo seu Deus dentro de si, mas sim a relação comunitária entre sujeito-sujeito. Relação essa que se vive ao se fazer próximo do necessitado, e juntos na luta pela libertação sempre provisória e relativa, nos alegrarmos com o viver (a celebração do Deus da Vida). Assim, construindo uma sociedade mais humana e justa, sinal antecipatório do Reino de Deus, fazemos acontecer a presença do Deus em nós, o reinado de Deus que já está no meio de nós.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
NISTO CONHECERÃO QUE SOIS MEUS

No corre-corre de um terminal rodoviário algumas pessoas derrubaram um tabuleiro de maçãs-do-amor, esparramando-as pelo chão. Somente um homem parou para ajudar a pequena vendedora.
Ao começar a recolher as frutas, ele percebeu que ela era cega. Gentilmente ajudou-a a levantar o tabuleiro e a ajuntar as maçãs.
Ao ficar verificar que várias de suas frutas se estragaram na queda, a menina ficou visivelmente apreensiva:
- Minha mãe vai ficar muito triste.
- Não se preocupe, minha querida, disse-lhe o homem, eu pago as maças que se estragaram.
Pagou e despediu-se dela, mas ela o chamou e perguntou:
- Moço, é você que é Jesus?
- Não, minha querida, mas sou um dos amigos dele.
"Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns aos outros".
João 13.35
Um Galileu
Quando me amei de verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar certo, a hora certa, no momento exato.
E, então, pude relaxar. Hoje sei que isso tem nome …Autoestima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia e meu sofrimento emocional, não passam de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é … Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para meu crescimento. Hoje chamo isso de … Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo forçar alguma situacão ou alguém, inclusive a mim mesmo, sòmente para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa não está preparada. Hoje sei que o nome disso é … Respeito.
Quando me amei de verdade, comecei a me livrar de tudo que não fosse saudáve l… Pessoas, tarefas, toda e qualquer coisa que me pusesse para baixo. Inicialmente, minha razão chamou a essa atitude de egoísmo. Hoje sei que isso se chama … Amor próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer meu tempo livre, desistí de fazer grandes planos e abandonei os projetos megalômanos para o futuro. Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é … Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desistí de querer ter sempre razão e, dessa maneira, errei menos. Hoje descobri a … Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora, mantenho-me no presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é … Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que a minha mente pode atormentar-me e decepcionar-me. Mas, quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é … SABER VIVER!
“Não devemos ter medo dos confrontos … até os planetas se chocam e do caos nascem as estrêlas”
Charlie Chaplin
quarta-feira, 17 de março de 2010
Não é o final . . .
VERSÍCULO:
"Mas, depois de ressuscitar, irei adiante de vocês para a Galiléia".
-- Mateus 26:32
PENSAMENTO:
Quando Jesus fala do que ele fará "depois de ressuscitar" ele nos lembra que sua morte não é final. Todo o sofrimento e injustiça da cruz levam a uma vitória gloriosa que só seria possível por meio da própria morte. Isto é a ressurreição. Quando Jesus diz que irá "adiante de vocês para a Galiléia" lembramos que, seja quão escuro ou solitário nosso caminho, se leva em direção a Jesus, é porque ele já andou nele antes. Independente de quantas vezes você tenha caído, ou quão grandes sejam os seus pecados, Jesus ainda tem planos para você. Ele está lhe esperando adiante. É só se levantar e ir ao seu encontro com ele. Você está pronto?
ORAÇÃO:
Obrigado, Pai, pelo perdão e pela esperança que encontramos em seu filho Jesus. Nunca vimos coisa igual entre os homens. Aliás, duvidamos que isso seja possível. Mas, vendo Jesus, sabemos que o perdão dele é sem medida. Basta a gente estar disposto a se levantar e caminhar adiante até ele. Como é bela a esperança que temos em Jesus. Em nome dEle agradecemos e adoramos o Senhor. Amém.
Fonte: http://www.hermeneutica.com/jd/1/0317.html
segunda-feira, 15 de março de 2010
Fatos, versões e bravatas
PEDRO S. MALAN - O Estadao de S.Paulo
"Não tenho dúvidas de que o Brasil evoluiu positivamente ao longo dos últimos 15 anos. No governo Fernando Henrique, mudanças que hoje temos de reconhecer como muito favoráveis, tais como a consolidação do sistema financeiro - que se revelou muito mais sólido que o de outros países - ou a Lei de Responsabilidade Fiscal, representaram claros avanços para a economia. Da mesma forma, no governo Lula, conquistas sociais como a significativa elevação do salário mínimo ou a dimensão alcançada pelo Bolsa-Família, bem como a expressiva melhora de emprego formal e do crédito, constituíram exemplos de nosso progresso." O texto acima é de autoria do atual ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, na apresentação do belo livro Brasil Pós-Crise: Agenda para a Próxima Década, organizado por Fabio Giambiagi e Octavio de Barros.
Na mesma linha, vale lembrar o que escreveu, mais de sete anos atrás, o então coordenador do grupo de transição do já eleito presidente Lula, Antônio Palocci, no seu Relatório Final, apresentado formalmente a Lula e aos ministros já escolhidos, no final de 2002. "A instabilidade atual questiona os próprios avanços que se obtiveram com a estabilidade da moeda (...) e um marco institucional fortalecido pela responsabilidade fiscal. Estes foram progressos a serem creditados em boa parte ao governo que ora se encerra, conquistados com os esforços de todos os brasileiros. Não fazemos tábula rasa dos últimos oito anos, e não partilhamos da visão daqueles que acham que tudo deva ser reinventado."
Anos mais tarde (2007), em seu livro Sobre Formigas e Cigarras, do qual a citação acima foi extraída, Palocci nota, corretamente, que "os ganhos obtidos pelo Brasil a partir de 2003 se assentaram sobre avanços realizados em governos anteriores, que deram contribuições importantes para a estabilidade da economia (ao longo dos últimos 25 anos) como (...) a criação do Tesouro Nacional e o fim da conta-movimento do Banco do Brasil (...), a abertura da economia, estimulando ganhos de produtividade na economia nacional (...), o lançamento do real (...), a negociação das dívidas dos Estados, a resolução dos problemas dos bancos estaduais (e federais) e a instituição da Lei de Responsabilidade Fiscal. Fazer tábula rasa destas contribuições seria atentar contra a própria história do País".
O respeito aos fatos, claramente expresso por Bernardo e Palocci, se contasse com o respaldo das vozes mais sensatas de seu partido e do movimento lulista, representaria um avanço considerável em direção a um debate público mais sério e de melhor qualidade sobre o País e seu futuro. Um debate voltado para "o que fazer" com vista a assegurar a gradual consolidação do muito que já alcançamos como país e, principalmente, como - e com que tipo de lideranças - avançar mais, e melhor, no processo de mudança e de continuidade que nos trouxe até aqui.
Para tal seria fundamental evitar o lamentável maniqueísmo expresso no falso dilema do "nós" contra "eles", em que eles, os outros, seriam toda e qualquer pessoa tida como não entusiasta defensora do lulo-petismo (ou do culto à personalidade de Lula). Sempre definidos de forma variada, conforme a audiência e as conveniências do momento: os ricos, a imprensa, as elites, os que são contra os pobres, os que são contra investir no social, os que se opõem à tentativa de nos transformar num País birracial, os que não querem um País altivo e soberano, os neoliberais, os antidesenvolvimentistas.
Vago, simples e genérico assim. Em suma, uma ressentida e frequentemente raivosa "retórica da divisão", como se fôssemos um país partido em dois. Uma aposta em decisões tomadas por meio de confrontos de natureza plebiscitária, com jargões, palavras de ordem e a versão oficial adotada como verdade, independentemente da análise de dados e fatos.
A ideia de que no mundo da política o que importa é a versão, e não o fato, tem ampla disseminação entre nós. A aceitação dessa "máxima" tem implicações nada triviais para o debate público, em particular durante períodos eleitorais, nos quais, como nas guerras, a verdade figura sempre entre as primeiras vítimas.
Pois veja o eventual leitor: se o que realmente importa não são tanto os fatos, mas as versões sobre eles, por vezes muito distintas e conflitantes, segue-se que as versões que tendem a predominar - pelo menos no prazo relevante para o calendário eleitoral - são aquelas mais constantemente repetidas, aquelas mais bem financiadas por esquemas profissionais dos departamentos de agitação, propaganda e marquetagem política. Afinal, todos aprenderam com Goebbels que uma versão, se mil vezes repetida com convicção e eloquência, pode acabar assumindo foros de verdade; pelo menos para aqueles - que podem ser maioria - sem muito tempo ou condições de se debruçar sobre as evidências, os fatos e as distintas interpretações possíveis deles. O problema é particularmente preocupante quando as versões "mil vezes repetidas" estão respaldadas, direta ou indiretamente, pela ampla utilização, sem quaisquer peias, de cargos e recursos públicos, em campanhas eleitorais explícitas, iniciadas com anos de antecedência, sob o olhar complacente daqueles que preferem dar menos importância aos fatos e às leis do que às versões e às bravatas.
Há quem diga que tudo isso é apenas efeito do calor da hora, expressão das vastas emoções que fazem parte natural de processos eleitorais em sociedades de massa. Para estes, passadas as eleições, e qualquer que seja o seu resultado, o País continuaria - à nossa pragmática maneira - a avançar em seus complexos processos de continuidade e mudança. Bravatas seriam o que são; bravatas simplesmente, e nada mais. Será?
PEDRO S. MALAN, ECONOMISTA, FOI MINISTRO DA FAZENDA NO GOVERNO FHC E-MAIL: MALAN@ESTADAO.COM.BR
Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100314/not_imp524054,0.php
segunda-feira, 8 de março de 2010
Reflexão - Mandela.
Olá,
Uma pessoa muito importante, me impactou esta manhã, com este lindo poema.
Nelson Mandela costumava lê-lo na prisão, quando o desespero e a vontade de desistir batia na porta do seu coração . . .
Agenor
“Dentro da noite que me cobre
Negra como as Profundezas, de um pólo ao outro,
Agradeço ¹a Deus, louvando sua existência,
pela minha alma indômita.
Nas garras ferozes das circunstâncias
Não me encolhi, nem fiz alarde do meu pranto.
Golpeado pelo acaso,
Minha cabeça sangra, mas não se curva.
Longe deste lugar de ira e lágrimas
Só assoma o Horror da sombra,
Ainda assim, a ameaça dos anos
Me encontra, e me encontrará sempre, destemido.
Não importa quão estreita seja a porta,
Quão profusa em punições seja a lista,
Sou o mestre do meu destino.
Sou o capitão da minha alma.”
William Ernest Henley
¹aos deuses, se é que existem, (uma pequena alteração, adequando a minha realidade Cristã - Agenor, todavia respeitando qualquer tipo de crença e descrença)
sexta-feira, 5 de março de 2010
Sobre a Vírgula
Sobre a Vírgula
Muito legal a campanha dos 100 anos da ABI.
(Associação Brasileira de Imprensa).
Vírgula pode ser uma pausa... ou não.
Não, espere.
Não espere..
Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.
Pode criar heróis..
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.
Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.
A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.
A vírgula pode condenar ou salvar.
Não tenha clemência!
Não, tenha clemência!
Uma vírgula muda tudo.
ABI: 100 anos lutando para que ninguém mude uma vírgula da sua informação.
Detalhes Adicionais:
SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.
* Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER...
* Se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM...
quinta-feira, 4 de março de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
E disse Jesus:
VERSÍCULO:
"Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas?"
-- Mateus 7:15-16
PENSAMENTO:
Jesus acabou de alertar os discípulos da dificuldade de entrar pela porta estreita e seguir o caminho apertado. Mesmo quando o discípulo encontrar a porta estreita e passar por ela, ele ainda terá dificuldade pela frente. O discípulo prudente busca ajuda, conselhos e orientações de outros no caminho. Mas, nem todos que parecem ser "ovelhas" podem nos ajudar. Falsos profetas andam no meio do rebanho. Isso não é novidade, mas, é dos tempos primordiais do Cristianismo (Mt 24:24; 2 Pedro 2:1; 1 João 4:1-3). Como podemos saber quem é realmente do Senhor? Não será por palavras eloquentes ou por obras impressionantes. Será pelo seu caráter e sua disposição nas coisas pequenas da vida. Da mesma forma que o fruto de qualquer planta leva tempo para amadurecer, o caráter de uma pessoa eventualmente se revela. Pode ser uma palavra ou uma atitude. Pode ser uma falta de interesse, ou indisposição para servir. Os falsos profetas estão sempre prontos a serem ouvidos, mas nem sempre dispostos a ouvirem e servirem. Que Deus nos oriente.
ORAÇÃO:
Pai, proteja-nos dos falsos profetas. Guie-nos e revele-nos tudo que precisamos ver de qualquer líder falso no nosso meio. Pedimos que o Senhor conceda arrependimento onde for preciso, assim como proteção e prudência ao seu rebanho. Em nome do Bom Pastor oramos.
Amém.
http://www.hermeneutica.com/jd/1/0223.html por Agenor Soldi Junior
domingo, 21 de fevereiro de 2010
Meus anseios não só para 2010, mas para o futuro . . .

- Anseio por outra igreja, pois à semelhança da geração que saiu do Egito, sinto que esta já não cumprirá o propósito de Deus.
- Anseio ver emergir uma nova comunidade cristã sem ufanismo. Desejo testemunhar os crentes vivendo de forma singela, procurando vestir os nus, visitando os enfermos, alimentando os famintos e anunciando aos pobres que chegou o Reino de Deus.
- Espero pelo dia em que as afirmações mercadológicas que prometem “explosão de milagres” se tornarão ridículas.
- Anseio por uma espiritualidade com menos espetáculo. Desejo que o culto perca o glamur de show e que não precisemos de holofotes com produções mirabolantes para adorar a Jesus de Nazaré.
- O cristianismo não necessita que seus pastores sejam artistas e seus adoradores, estrelas entretenimento. Jesus iniciou seu ministério com pescadores e donas de casa. Quanto mais bem produzidos comercialmente se tornarem nossos cultos, mais distantes nos encontraremos das raízes judaicas de nossa fé.
- Anseio por uma espiritualidade comunitária onde nossas igrejas deixam de ser balcões de serviços religiosos e voltem a ser espaço de relacionamentos verdadeiros.
- Os crentes não podem continuar tratados como clientes e nem as igrejas como meras provedoras de ajuda espiritual.
- A fé cristã não se alicerça em funcionalidade, mas em intimidade. Pastores e líderes deveriam parar de ensinar técnicas de como conseguir bênçãos e passar a falar do amor de Deus.
- Anseio por comportamentos menos infantis dos crentes. A maioria quer se relacionar com Deus com o intuito de levar vantagem na vida. Rapazes e moças querem ingressar na universidade através da oração; ambicionam promoções no emprego reivindicando promessas de que “são cabeças e não caudas”; acham que anulando maldições, conquistarão grande sucesso.
- Precisamos de cristão que apelam menos para o favor divino, mas que se dispõem como cooperadores de Deus. Precisamos de menos prece por consolo e mais busca do Espírito para que nos transformemos em resposta de oração.
- Chega de chavões, frases de efeito e dos lugares comuns. Não, não precisamos que eruditos tomem conta dos nossos cultos, basta que pregadores íntegros se derramem com verdade através de seus sermões. Ouço contínuas reclamações de pessoas que se sentiram agredidas com reflexões superficiais da Bíblia. Portanto, voltem os tribunos que falam com autoridade.
- Anseio por uma fé menos idealista. Os evangélicos precisam parar de dourar a pílula existencial. Cristãos também sofrem, também são destratados em ambulatórios pobres e também precisam esperar em longas filas para matricular seus filhos nas escolas públicas. Vivemos uma realidade perversa e não podemos prometer irresponsavelmente, que os evangélicos serão protegidos em redomas.
- Anseio por um genuíno avivamento cristão em minha geração. E que ele venha com novos paradigmas, novos pressupostos e novas atitudes.
- Precisamos de menos clareza racional e mais gente espelhando a vida de Cristo. Não basta a repetição de palavras e credos; o mundo precisa testemunhar nossas boas obras para glorificar o Pai que está nos céus.
sábado, 20 de fevereiro de 2010
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Poder e sucesso, justiça e santidade

Poder e sucesso, justiça e santidade
Por Jung Mo Sung
A nossa esperança e o nosso testemunho não podem ser fundados na fé em Deus-poder ou na divinização de alguma pessoa, grupo social ou instituição. A fé cristã nos apresenta um caminho inverso: ao invés da divinização de um ser humano muito poderoso ou de alguma instituição social (como o mercado) ou religiosa – proposta sedutora de muitas religiões e ideologias sociais –, o Evangelho de Jesus nos propõe um Deus que se esvazia do seu poder divino para entrar na história como escravo, e como escravo se assemelhar ao humano (Filipenses 2.6,7).“ . . . que, embora sendo Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens. . .”
Deus se revela no esvaziamento do poder para mostrar que o poder e o sucesso não são sinônimos da justiça e da santidade. Pessoas ou igrejas que se consideram justas e santas porque são ricas e/ou poderosas ou porque têm muito ibope não conhecem a verdade sobre Deus e sobre o ser humano. Não é a riqueza que lhes dá dignidade e justifica a sua existência; a nossa existência está justificada e nós somos dignos antes da riqueza, poder ou sucesso, pois nós somos justificados pela graça de Deus que se esvaziou do poder porque ama gratuitamente a toda a humanidade e a toda a criação.
Essa fé e esperança podem ser experienciadas quando perseveramos na nossa opção pelos pobres e por uma Igreja mais servidora do Povo de Deus, mesmo quando a contabilidade de nossa luta e a frustração pessoal nos diz que não há mais por que esperar. No momento em perseveramos somente porque amamos é que podemos testemunhar esta esperança que é a esperança cristã, que nasce da morte na cruz de um Deus encarnado.
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Jung Mo Sung é professor no Programa de Pós Graduação em Ciências da Religião da Universidade Metodista de São Paulo e concentra suas pesquisas na relação entre teologia/religião – economia – educação.
publicado por Ed René Kivitz no Blog http://outraespiritualidade.blogspot.com/
domingo, 14 de fevereiro de 2010
A palhaçada do pseudo pentecostalismo

Ricardo Gondim
Menino prodígio pregando, fantasiado de pastor. (Tenho vontade de esganar os pais, os líderes que deixam esse tipo de excrescência e a multidão imbecilizada que ainda consegue dar glória a Deus).
Marcha para Jesus em São Paulo. (Sei que esse “carnaval-gospel-fora-de-hora” acontece em outras cidades, mas nenhum consegue ser tão ruim).
Pastor entrevistando demônio. (Além de considerar desprezível o que um demônio tenha para dizer, acho esse tipo de coisa uma violência contra a dignidade humana).
Evangelista empetecado prometendo prosperidade. (Tais mercadejadores da esperança povoarão a esfera mais baixa do mundo subterrâneo de Dante).
Profecia em programa de rádio. (O pastor chuta afirmando que algum motorista está triste e que Deus mandou aquele recado; pateticamente acerta todas).
Conferência missionária que atrela a miséria da Africa à idolatria. (As veias do meu pescoço incham quando ouço alguém dizer que os Estados Unidos ficaram ricos porque são “uma nação cristã”).
Testemunho de cura divina em cruzada evangelística (Que tristeza ouvir velhinha contar que foi curada de caroço, dor nas pernas e da coluna! Os que têm o dom de cura devem dar plantão na Ala dos Indigentes do Hospital do Câncer ou em ClInica de Hemodiálise).
Sermão entrecortado com língua estranha (Será que as platéias não percebem o exibicionismo?).
Político se convertendo em ano eleitoral (Que mico; nojo se mistura com vergonha!)
(Tem muito mais... Aceito sugestões)
Faço das palavras do Pr. Ricardo Gondim as minhas palavras, na tentativa de que juntos combatamos essa palhaçada que anda acontecendo com as nossas “Igrejas”.
Agenor Soldi Junior, jamais conformado . . .
Qual Deus?

Qual Deus? – texto de Agenor Soldi Junior
Ontem, assistindo ao Jornal Nacional, o repórter José Roberto Burnier referindo-se ao 1º dia de desfile das Escolas de Samba do Carnaval de São Paulo, exclamou dizendo: “. . .graças a Deus que não choveu . . .”.
Eu pergunto: “Qual Deus? A que Deus ele se refere se carnaval é uma festa pagã?”
Que Deus iria massacrar os paulistanos com tanta chuva nos últimos dias, trazendo prejuízos, desconforto e morte para tantas pessoas, e depois simplesmente mudar o clima e não despejar nenhuma gota de chuva, porque o povo vai comemorar “a festa da carne”? Qual Deus?
A que Deus ele refere?
Desculpem, mas tenho dificuldades de entender. . .
Agenor, tentando encontrar Cristo nos chamados Cristãos, incluindo "eu"
o amor . . .
Por ser exato
O amor não cabe em si
Por ser encantado
O amor revela-se
Por ser amor
Invade
E fim!!... (Djavan)
sábado, 13 de fevereiro de 2010
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
VERSÍCULO: Mateus 6:31-32
"Portanto, não se preocupem, dizendo: 'Que vamos comer?' ou 'Que vamos beber?' ou 'Que vamos vestir?' Pois os pagãos é que correm atrás dessas coisas; mas o Pai celestial sabe que vocês precisam delas."
PENSAMENTO:
Se você está lendo este devocional num livro ou por meio de um computador, dificilmente você precisa se preocupa com roupa, comida ou moradia. Mas, você provavelmente aprendeu a se preocupar com estas e outras coisas. Muitos Cristãos não se preocupam com necessidades físicas ou materiais, porque já estão supridas. No entanto, eles olham para Deus como um gênio cujo propósito agora é de suprir suas necessidades mentais, emocionais e espirituais.
Jesus promete que Deus dará tudo que precisamos, mas, não promete que tudo que pensamos que precisamos será dado. Mesmo quando nossas necessidades materiais e físicas são supridas, ainda esperamos mais. A paz interior, a segurança emocional, e o preenchimento espiritual se tornam as novas "coisas" com as quais começamos a nos preocupar. Muitos que pensam que seguem Jesus de fato se tornaram adeptos do que José Comblin chamou da "religião da satisfação dos desejos". Essa religião é pagã, não importa o quanto ela seja coberta por adereços "Cristãos". Deus sabe o que nós precisamos.
Nós não sabemos. Muitas vezes o que precisamos envolve perda e privação, sofrimento e dor. Nem sempre Deus explicará porque precisamos passar por essas coisas. Mas, se O conhecemos como Ele quer ser conhecido pelos seus filhos, confiaremos nEle, de que até "o pior" pode servir para o nosso bem.
Texto extraído do site: http://www.hermeneutica.com/jd/1/0211.html
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Gosto de você
Arthur da Távola
Gosto de gente com a cabeça no lugar, de conteúdo interno,
idealismo nos olhos e dois pés no chão da realidade.
Gosto de gente que ri, chora, se emociona com uma simples carta, um telefonema, uma canção suave, um bom filme, um bom livro, um gesto de carinho, um abraço, um afago.
Gente que ama e curte saudades, gosta de amigos, que cultiva flores, ama os animais.
Admira paisagens, poeira; e escuta.
Gente que tem tempo para sorrir, bondade, semear perdão, repartir ternuras, compartilhar vivências e dar espaço para as emoções dentro de si, emoções que fluem naturalmente de dentro de seu ser!
Gente que gosta de fazer as coisas que gosta, sem fugir de compromissos difíceis e inadiáveis, por mais desgastantes que sejam.
Gente que colhe, orienta, se entende, aconselha, busca a verdade e quer sempre aprender, mesmo que seja de uma criança, de um pobre, de um analfabeto.
Gente de coração desarmado, sem ódio e preconceitos baratos. Com muito Amor
dentro de si.
Gente que erra e reconhece, cai e se levanta, apanha e assimila os golpes, tirando lições dos erros e fazendo redentora suas lágrimas e sofrimentos.
Gosto muito de gente assim...
e desconfio que é deste tipo de gente que DEUS também gosta!
FALANDO “DE VERDADE”
Agenor Soldi Junior
. . . “Quem é você?”, perguntaram eles.
“Exatamente o que tenho dito o tempo todo”, respondeu Jesus. “Tenho muitas coisas para dizer e julgar a respeito de vocês. Pois aquele que me enviou merece confiança, e digo ao mundo aquilo que dele ouvi.”
Eles não entenderam que lhes estava falando a respeito do Pai. Então Jesus disse: “Quando vocês levantarem o Filho do homem saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agrada”. Tendo dito essas coisas, muitos creram nele. Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”. Eles lhe responderam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?”
Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre. Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. Eu sei que vocês são descendentes de Abraão. Contudo, estão procurando matar-me, porque em vocês não há lugar para a minha palavra. Eu lhes estou dizendo o que vi na presença do Pai, e vocês fazem o que ouviram do pai de vocês”.
“Abraão é o nosso pai”, responderam eles. Disse Jesus: “Se vocês fossem filhos de Abraão, fariam as obras que Abraão fez. Mas vocês estão procurando matar-me, sendo que eu lhes falei à verdade que ouvi de Deus; Abraão não agiu assim. Vocês estão fazendo as obras do pai de vocês”.
Protestaram eles: “Nós não somos filhos ilegítimos. O único Pai que temos é Deus”.
Disse-lhes Jesus: “Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou. Por que a minha linguagem não é clara para vocês? Porque são incapazes de ouvir o que eu digo. Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira. No entanto, vocês não crêem em mim, porque lhes digo a verdade! Qual de vocês podem me acusar de algum pecado? Se estou falando a verdade, porque vocês não crêem em mim? Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz e vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus”.
Texto extraído da Bíblia Sagrada – Versão NVI, por Agenor Soldi Junior
FALANDO “DE VERDADE”
Como esta é a primeira postagem neste blog, gostaria de fazer com muita propriedade e me apropriando por direito declarado da palavra de Deus, no intuíto de que as discuções, os assuntos, os posts, as declarações sejam guiadas pela verdade que tem me influênciado e impulsionado a criar este canal.
. . . “Quem é você?”, perguntaram eles.
“Exatamente o que tenho dito o tempo todo”, respondeu Jesus. “Tenho muitas coisas para dizer e julgar a respeito de vocês. Pois aquele que me enviou merece confiança, e digo ao mundo aquilo que dele ouvi.”
Eles não entenderam que lhes estava falando a respeito do Pai. Então Jesus disse: “Quando vocês levantarem o Filho do homem saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o Pai me ensinou. Aquele que me enviou está comigo; ele não me deixou sozinho, pois sempre faço o que lhe agrada”. Tendo dito essas coisas, muitos creram nele. Disse Jesus aos judeus que haviam crido nele: “Se vocês permanecerem firmes na minha palavra, verdadeiramente serão meus discípulos. E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará”. Eles lhe responderam: “Somos descendentes de Abraão e nunca fomos escravos de ninguém. Como você pode dizer que seremos livres?”
Jesus respondeu: “Digo-lhes a verdade: Todo aquele que vive pecando é escravo do pecado. O escravo não tem lugar permanente na família, mas o filho pertence a ela para sempre. Portanto, se o Filho os libertar, vocês de fato serão livres. Eu sei que vocês são descendentes de Abraão. Contudo, estão procurando matar-me, porque em vocês não há lugar para a minha palavra. Eu lhes estou dizendo o que vi na presença do Pai, e vocês fazem o que ouviram do pai de vocês”.
“Abraão é o nosso pai”, responderam eles. Disse Jesus: “Se vocês fossem filhos de Abraão, fariam as obras que Abraão fez. Mas vocês estão procurando matar-me, sendo que eu lhes falei à verdade que ouvi de Deus; Abraão não agiu assim. Vocês estão fazendo as obras do pai de vocês”.
Protestaram eles: “Nós não somos filhos ilegítimos. O único Pai que temos é Deus”.
Disse-lhes Jesus: “Se Deus fosse o Pai de vocês, vocês me amariam, pois eu vim de Deus e agora estou aqui. Eu não vim por mim mesmo, mas ele me enviou. Por que a minha linguagem não é clara para vocês? Porque são incapazes de ouvir o que eu digo. Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira. No entanto, vocês não crêem em mim, porque lhes digo a verdade! Qual de vocês podem me acusar de algum pecado? Se estou falando a verdade, porque vocês não crêem em mim? Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz e vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus”.
Texto extraído da Bíblia Sagrada – Versão NVI, por